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Linha D’Água na COP30: incidência coletiva para fortalecer os povos do mar e a governança oceânica

  • comunicacao5558
  • há 7 dias
  • 4 min de leitura

Com participação em 43 eventos e articulação com mais de 19 organizações, o Linha D’Água consolidou sua atuação como ponte entre territórios tradicionais, incidência política e a agenda oceano-clima global.


Instituto Linha D’Água consolidou sua atuação como um dos principais articuladores da agenda dos territórios marinhos e costeiros, da pesca artesanal sustentável e das políticas públicas para a governança do mar no Brasil

Em novembro de 2025, durante a COP30 em Belém do Pará, o Instituto Linha D’Água consolidou sua atuação como um dos principais articuladores da agenda dos territórios marinhos e costeiros, da pesca artesanal sustentável e das políticas públicas para a governança do mar no Brasil. A participação do Instituto reafirmou sua posição estratégica na interface entre territórios tradicionais, movimentos sociais, ciência, políticas públicas e arenas internacionais de decisão climática.


A presença do Instituto Linha D’Água se deu por meio de uma ampla diversidade de formatos - mesas técnicas, painéis internacionais, oficinas, rodas de conversa, mobilizações sociais, side events, painéis de alto nível, escutas comunitárias e articulações políticas de bastidor - refletindo a amplitude, a maturidade institucional e a capacidade de incidência do Instituto em diferentes escalas.


No eixo de políticas e governança para o mar, o apoio contínuo ao PainelMar consolidou a iniciativa - incubada pelo Instituto Linha D’Água há mais de dez anos - como uma das principais redes de articulação da agenda oceânica no Congresso Nacional. Esse protagonismo se materializou em painéis estratégicos durante a COP30, com destaque para o evento “O Papel dos Legisladores no Aumento da Ambição Climática com Soluções Baseadas nos Oceanos”, que reuniu parlamentares, governo e sociedade civil em torno da ampliação da ambição climática baseada no oceano.


Nos outros dois eixos estratégicos do Instituto - pesca artesanal e territórios tradicionais - a atuação se deu de forma intensiva e coordenada em articulação direta com a CONFREM - Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos e com o MPP – Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil. Nesse recorte específico, foram 22 eventos nos quais o LDA participou como apoio institucional, articulador político ou participante qualificado, contribuindo para ampliar de maneira consistente a presença dos povos do mar e das águas nas arenas oficiais e paralelas da conferência.


Além desses espaços, merece destaque a Marcha dos Povos, na qual o Instituto teve atuação central no apoio à articulação entre os movimentos sociais. Essa mobilização resultou na formação de um grande bloco dos povos do mar e dos territórios tradicionais, amplamente reconhecido pela imprensa nacional, incluindo destaque na cobertura do Jornal Nacional, evidenciando a força política e simbólica da articulação construída.


Considerando o conjunto das agendas, ao longo da COP30 o Instituto Linha D’Água esteve envolvido em um total de 43 eventos oficiais e paralelos, distribuídos entre 12 arenas na COP30: a Blue Zone, Green Zone, AgriZone, Ocean Pavilion, Circuito dos Povos e diversos espaços da sociedade civil, como a Cas’Amazônia, Casa Balaio, Casa Vozes dos Oceanos, Amazon Climate Hub, além do WWF Pavilion, Pavilhão Brasil e Belém+10 Pavilion. Em todos esses espaços, o LDA atuou com diferentes papéis, como organizador, apoiador estratégico ou participante qualificado, contribuindo diretamente para debates sobre justiça climática, políticas públicas do mar, sistemas alimentares da pesca artesanal e governança territorial.


Entre os destaques da programação organizada pelo Instituto, está a organização do evento “Sistemas Alimentares da Pesca Artesanal: Soluções da Amazônia e da Mata Atlântica para um Oceano em Equilíbrio”, realizado em parceria com o Instituto Arapyaú, que consolidou a pesca artesanal como eixo estruturante das discussões sobre segurança alimentar, sociobiodiversidade e clima.


Os debates promovidos e qualificados pelo Instituto dialogaram diretamente com os principais temas da agenda oceânica no Brasil e no mundo, incluindo participação social, Planejamento Espacial Marinho (PEM), GERCO, economia azul em perspectiva crítica, justiça climática, Economia e NDCs Azuis, áreas marinhas protegidas, manguezais, governança oceano-clima, territórios tradicionais e economia da sociobiodiversidade.


A COP30 também se consolidou como um espaço privilegiado de encontro, fortalecimento político e construção de confiança com os movimentos sociais - especialmente CONFREM e MPP - com quem o Instituto Linha D’Água esteve lado a lado em dezenas de agendas. A atuação conjunta ampliou a visibilidade dos maretórios, das escolas das marés, das juventudes da pesca, das mulheres pescadoras e de pautas urgentes relacionadas à regularização fundiária, proteção territorial, segurança alimentar e direitos dos povos do mar.


Redes que fortalecem a incidência e ampliam o alcance da agenda oceânica


A partir da análise da programação da COP30, o Instituto Linha D’Água articulou ou esteve diretamente vinculado a mais de 19 organizações parceiras, entre:


  • Movimentos sociais e redes territoriais (CONFREM, MPP, juventudes e coletivos de mulheres);

  • Redes nacionais de incidência (PainelMar, GT-Mar, GT Oceano e Clima do Observatório do Clima);

  • Organizações da sociedade civil e fundações;

  • Órgãos governamentais e espaços institucionais;

  • Redes e iniciativas internacionais, como The World Forum of Fisher Peoples (WFFP) e Ocean Breakthroughs.


Essa atuação ampliou significativamente a circulação das agendas territoriais brasileiras e aproximou lideranças comunitárias de redes globais de alto nível.


Celebração dos maretórios, das parcerias e da construção coletiva


Ao final da COP30, o Instituto Linha D’Água também apoiou e participou de um jantar de celebração da sociobiodiversidade dos maretórios, marcado por apresentações de carimbó, falas potentes de lideranças comunitárias e momentos de reconhecimento coletivo. Esse espaço simbólico sintetizou os resultados profícuos da articulação construída ao longo da conferência, reafirmando que a força da agenda oceânica brasileira reside na cultura, nos territórios e na ação coletiva dos povos do mar.


Ao encerrar sua participação na COP30, o Instituto Linha D’Água saiu com uma rede ampliada, frentes de captação costuradas, parcerias fortalecidas e uma presença amplamente reconhecida na arena global oceano-clima. A intensidade - quantitativa e qualitativa - dessa participação marca um ponto de inflexão institucional e projeta o LDA como um ator estratégico para os desafios entre 2026 e 2030, especialmente na consolidação das políticas públicas do mar, na proteção dos maretórios e na promoção de sistemas alimentares sustentáveis, inclusivos e biodiversos.




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