
Pesquisa aplicada ao Uso Público do Refúgio de Alcatrazes
Pesquisas para subsidiar a gestão compartilhada.


Programas:
Áreas Marinhas Protegidas /
Negócios Associados à Conservação
Período:
dezembro de 2017 a setembro de 2019.
Localização:
Refúgio de Alcatrazes, São Sebastião (SP).
Parceiros:
Núcleo de Gestão Integrada do Arquipélago de Alcatrazes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo – IMAR/UNIFESP e Laboratório de Ecologia e Conservação Marinha da Universidade Federal de São Paulo – LABECMAR/UNIFESP.
A criação do Refúgio da Vida Silvestre de Alcatrazes, em 2 de agosto de 2016, era aguardada pelo movimento ambientalista há quase 30 anos. A importância ambiental deste arquipélago, situado no litoral norte paulista, é largamente conhecida pela comunidade científica e pela sociedade civil.
Logo após a instalação dessa REVIS, um Plano de Manejo elaborado e divulgado em tempo recorde, em 17 de maio de 2017, trouxe a previsão da visitação pública para esse patrimônio natural.
Acompanhando os movimentos da região, o Instituto Linha D’Água iniciou, então, uma parceria com o Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo, Campus Baixada Santista (IMAR/UNIFESP), para garantir a realização das pesquisas necessárias antes que o local fosse aberto ao público.
Isso porque, desde 2015, o LABECMar – Unifesp monitora a biodiversidade marinha de Alcatrazes a partir da instalação de parcelas fixas monitorando as comunidades bentônicas em 3 regiões do arquipélago. no interior e fora da Estação Ecológica dos Tupinambás. Com a criação do Refúgio, algumas áreas foram abertas para a visitação e com isso foi necessário investir ainda mais neste monitoramento.
Neste sentido, o apoio oferecido teve como objetivo promover intercâmbios científicos, didáticos e educacionais em projetos de pesquisa e educação ambiental entre os atores locais e os institutos de pesquisa.
A partir dos primeiros estudos, em dezembro de 2017, uma expedição conseguiu obter as linhas de base da estrutura das assembleias de peixes e da comunidade bentônica das áreas que seriam abertas ao público para mergulho contemplativo.
A seguir, em outubro de 2018, uma segunda campanha foi realizada para garantir a segurança dessas áreas e a conservação de suas espécies para iniciar as atividades de turismo integrando pessoas e natureza da forma mais sustentável possível, garantindo o bem-estar de todos.
Em seguida, o projeto se desenvolveu, com a realização de expedições em cada uma das estacoes do ano, para monitorar as assembleias de peixes e os organismos bentônicos.
Com isso, os resultados obtidos forneceram as linhas de base para o monitoramento de longo prazo do Refúgio de Alcatrazes, possibilitando avaliar as flutuações sazonais da biodiversidade e os impactos que a visitação poderia ter sobre elas, facilitando o planejamento das atividades de turismo implementadas.